Institucional
Sobre o CETEM
O Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), uma das unidades de pesquisa do MCTI, atua, desde o início de suas atividades, em 18 de abril de 1978, no desenvolvimento de tecnologia para o uso sustentável dos recursos minerais brasileiros, com foco na inovação tecnológica para o setor mineral. Os benefícios advindos das pesquisas realizadas no Centro contribuem para o desenvolvimento econômico e social do País.
O CETEM é a única instituição pública de pesquisa dedicada à tecnologia mineral e a questões ambientais relacionadas, reunindo corpo técnico qualificado para atender às demandas do setor mineral. O quadro total de recursos humanos é composto por cerca de 300 colaboradores (março-2020), incluindo 33 pesquisadores e tecnologistas, quase todos doutores, e 30 bolsistas PCI nível superior, a maioria de mestres e doutores; 26 técnicos de nível médio e 10 bolsistas PCI técnicos, 45 bolsistas BIC/BIT; 10 estagiários e 18 alunos de mestrado e doutorado, em parceria com universidades. Nossos profissionais desenvolvem atividades de P&D com amostras de empresas de quase todas as unidades da federação.
A sede do CETEM está situado em uma área de 60.000 m², sendo 21.000 m² de área construída, no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha da Cidade Universitária. Esse espaço reúne 21 laboratórios e quatro usinas-piloto, além de uma biblioteca especializada. Nesta unidade, são executadas atividades de P&D e serviços tecnológicos focadas em caracterização mineralógica e tecnológica de minérios e industriais, processamento mineral, metalurgia extrativa , incluindo a rota biohidrometalhúrgica. Ainda são contempladas as atividades orientadas para a produção de materiais de referência certificados, além de outras atividades vinculadas às demandas da indústria mineral. Na área ambiental, são realizadas atividades de P&D em gestão ambiental, com foco na recuperação de áreas degradadas, avaliação dos impactos das atividades e de seus passivos, recuperação de metais, reciclagem e tratamento de resíduos e efluentes industriais, tecnologias limpas e biorremediação. Mais recentemente, o CETEM incluiu em suas atividades de PD&I estudos focados no aproveitamento de fontes alternativas minerais, visando diminuir a dependência de importação de fertilizantes, tanto para a produção agrícola, quanto para a produção de biocombustíveis.
O Núcleo Regional do Espírito Santo (NRES), inaugurado em 2014, localiza-se em Cachoeiro de Itapemirim, em instalações de 1.500 m², em terreno de 10.000 m². O Núcleo conta atualmente com cerca de 50 colaboradores. Os pesquisadores do CETEM executam projetos relacionados com a caracterização e a alterabilidade de rochas ornamentais e de revestimentos, abundantes na região. A equipe desenvolve, ainda, melhorias tecnológicas no processamento de rochas ornamentais e presta serviços para as empresas da região. Além disso, a infraestrutura instalada permite o desenvolvimento de projetos na área de beneficiamento de calcários, agregados para construção civil e minerais industriais. Parte importante de sua capacitação técnica institucional está focada no atendimento às pequenas e médias empresas.
Histórico dos 42 anos
Antecedentes:
1907: foi criado o Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB), subordinado ao Ministério da Agricultura, Viação e Obras Públicas.
1934: extinguiu-se o SGMB, cujo acervo foi incorporado a um novo órgão, o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério da Agricultura (criado em 1930).
1934: na estrutura do DNPM foi criado o Laboratório da Produção Mineral (LPM), voltado a estudos e ensaios de tecnologia mineral, sendo o antecessor direto do CETEM. Com sede no Rio de Janeiro, chegou a ter por algum período laboratórios em Belo-Horizonte, Campina Grande (na II Guerra Mundial, para o controle da exportação de minerais estratégicos) e em Criciúma (para o controle da lavra de carvão).
1969: com a criação da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), no âmbito do MME (criado em 1960), a nova empresa estatal assume algumas responsabilidades do DNPM, destacadamente os levantamentos geológicos do território brasileiro, que estavam sendo intensificados. Os laboratórios do LPM são transferidos também para a CPRM.
Criação do CETEM:
1972: no início dos anos 1970, o país dependia muito da importação de minérios, para o suprimento de suas indústrias de transformação. Foi nesse contexto que se concebeu a criação do CETEM pelo então Ministro das Minas e Energia, Professor Antonio Dias Leite. A iniciativa se inseria em uma política da época, que visava substituir as importações de bens minerais. Ao CETEM foi atribuída a missão estratégica de desenvolvimento de tecnologias para o aproveitamento econômico dos recurso minerais do Brasil. Prevaleceu a decisão de situar o Centro no campus de uma universidade de grande porte e de reconhecida competência, como a UFRJ, na Cidade Universitária. Os centros de pesquisa de petróleo (CENPES) e de energia elétrica (CEPEL) também foram ali construídos.
1978: no dia 18 de abril o CETEM começava sua história. Um grupo de empregados foi transferido da CPRM para as novas instalações prediais e laboratórios. Nos primeiros onze anos funcionou na esfera do MME, por meio de um convênio operacional entre a CPRM e o DNPM.
CETEM no MCTI:
1989: o CETEM foi transferido para o CNPq/MCT, por força da Lei n. 7.677/1988, como uma de suas unidades de pesquisa.
1999: uma década depois, todos os institutos de pesquisa do CNPq passam a integrar diretamente o MCT (criado em 1985).
2014: o primeiro Núcleo Regional é inaugurado no Estado do Espírito Santo, em Cachoeiro de Itapemerim. O NRES é dedicado ao segmento mineral de rochas ornamentais, sendo o Estado o principal pólo de produção e exportação do país.
2017: em dezembro, por meio da Lei n. 13.540, a importância estratégica da instituição para o Brasil é reconhecida: sendo o único instituto de pesquisa público com foco em tecnologia mineral, o CETEM passa a ser beneficiário de 1,8% dos royalties da Mineração. Isso abre a possibilidade de significativa expansão das suas atividades de pesquisa, de atuação em novas áreas de interesse da indústria mineral e mesmo a criação de outros núcleos regionais, a exemplo do NRES. A crise fiscal, todavia, tem impedido o espaço orçamentário para o CETEM receber os recursos adicionais advindos dos royalties.
Em seus 42 anos, O CETEM continua realizando atividades de P&D, de transferência de tecnologia para o setor produtivo, de divulgação e disseminação do conhecimento e atuando sobre questões ambientais relacionadas, bem como realiza estudos para subsidiar políticas de C&T para o setor mineral.
No MCTI, o CETEM e demais institutos, a partir de 1999, encontravam-se sob a supervisão da Secretaria das Unidades de Pesquisa (SECUP) e, em 2003, da Subsecretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa (SCUP). Esta foi transformada na Diretoria de Gestão das Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais (DPO), em 2016. Em 2019, a DPO tornou-se a Subsecretaria das Unidades Vinculadas (SUV), que também passou a supervisionar as empresas do MCTI.
Missão Institucional
Desenvolver tecnologias inovadoras e sustentáveis, e mobilizar competências visando superar desafios nacionais do setor mineral.
Visão de Futuro
Ser o centro da excelência em PD&I de tecnologia mineral, reconhecido por sua contribuição estratégica para o País.
Valores e princípios
Excelência Científica e Tecnológica
Executar as ações de PD&I, em todas as áreas de sua atuação, usando métodos e procedimentos pautados pela qualidade, coerentemente com a interdisciplinaridade e com uma visão global dos temas.
Crescimento Organizacional
Desenvolver uma gestão que estimule a criatividade , a inovação e o compartilhamento de conhecimentos para aumentar a capacitação institucional.
Ética e Transparência
Conduzir uma gestão comprometida com a conduta ética e transparente, valorizando os colaboradores e respeitando a diversidade e/ou métodos de trabalho.
Valorização do Conhecimento
Investir na capacitação contínua de seus profissionais incentivando e valorizando as competências.
Responsabilidade Social
Atuar em consonância com os paradigmas da sustentabilidade, considerando as influências e consequências sociais, econômicas, culturais, tecnológicas e ambientais.
Objetivos
Fonte: Adaptado EloGroup, 2016
Mapa estratégico do CETEM
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